domingo, 3 de outubro de 2010


O Pássaro Cativo


Não quero o teu alpiste!


Gosto mais do alimento que procuro


Na mata livre em que voar me viste;


Tenho água fresca num recanto escuro






Da selva em que nasci;


Da mata entre os verdores,


Tenho frutos e flores


Sem precisar de ti!



Não quero a tua esplêndida gaiola!


Pois nenhuma riqueza me consola,


De haver perdido aquilo que perdi...


Prefiro o ninho humilde construído



De folhas secas, plácido, escondido.


Solta-me ao vento e ao sol!


Com que direito à escravidão me obrigas?


Quero saudar as pombas do arrebol!


Quero, ao cair da tarde,


Entoar minhas tristíssimas cantigas!


Por que me prendes? Solta-me, covarde!


Deus me deu por gaiola a imensidade!


Não me roubes a minha liberdade...


Quero voar! Voar!


Estas cousas o pássaro diria,


Se pudesse falar,


E a tua alma, criança, tremeria,


Vendo tanta aflição,


E a tua mão tremendo lhe abriria


A porta da prisão...






Olavo Bilac
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Eu sou  feita este pássaro.
Se tentares me prender voarei o mais depressa que puder.
E se conseguires me prender irás tirar minha felicidade e liberdade, mas
não iras tirar o meu canto.
Irás ouvir minha bela voz a encantar e meu triste olhar a observar-te.
Não me prendas e me terás para sempre!!

Michelle Amorim


Conheça-se

Que atitude pode ser mais importante que eu?Que era pode ser mais significante que o agora?Que tempo pode ser mais legal que o que construi e principalmente participei?


Você!! Que é o ativador de sua propria era.